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Dica simples para você aproveitar melhor suas leituras

  • Foto do escritor: Alice Castro
    Alice Castro
  • 25 de mar. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 26 de out. de 2023


Photo by Amy Shamblen on Unsplash

Algumas experiências marcam tão profundamente as nossas vidas que vivê-las apenas uma vez não parece o bastante. Sentimos a necessidade de registrá-las em fotografia, anotá-las em um diário ou de guardá-las conosco na forma de algum souvenir para garantir que esses momentos especiais nunca sejam apagados da nossa memória e que possamos voltar a eles quando a saudade apertar.

Um pouco mais tarde do que deveria, percebi que podemos (e devemos) fazer a mesma coisa com as nossas leituras. Se você é um leitor ávido como eu, sabe como é fácil perder referências boas em meio a tantas palavras lidas e páginas viradas. No desespero para ler mais, prejudicamos a qualidade da nossa leitura e descobrimos, quase sempre só depois de terminado o livro, que não dedicamos tanta atenção quanto deveríamos a ele.

Com frequência, poucos meses depois de chegarmos ao final de uma história, não conseguimos nos lembrar nem mesmo do nome do personagem principal e dos acontecimentos mais marcantes da narrativa. Como podemos esperar guardar na memória quem foi o autor e quais eram as palavras que formavam aquele trecho tão bem escrito, ou de que livro era aquele parágrafo que nos emocionou tanto?

Pensando em todas as referências que eu estava abandonando pelo caminho nessa pressa desvairada, fiquei determinada a não deixar passar mais nada. Cheguei à conclusão de que precisava mudar a forma como eu lia e encontrei uma estratégia que me ajudou a desacelerar o meu ritmo, ao mesmo tempo que melhorou consideravelmente o meu foco enquanto estava lendo. É algo simples, mas decidi compartilhar porque acredito que muita gente nunca tenha parado para pensar nisso, como eu não tinha no passado.

O truque é o seguinte: quando você estiver lendo e se deparar com um trecho que te faça pensar “caramba, isso sim é escrever de verdade”, encontre uma forma de registrá-lo em algum lugar. Pode ser nas notas do celular, em um caderninho, tirando um print da tela, como preferir. O que importa é que você possa encontrar esses trechos com facilidade mais tarde, em um momento de bloqueio criativo ou de falta de inspiração. Ou simplesmente para saborear aquelas palavras de novo, com calma.

Eu costumo guardar os trechos nas notas do meu celular quando estou lendo um livro físico, ou grifar a parte que eu gostei no leitor eletrônico (sou dessas que jamais seria capaz de usar marca-texto ou fazer anotações em um livro de papel). Depois, quando tenho tempo, junto tudo e passo para um documento do google drive, que eu posso acessar de qualquer dispositivo no lugar e na hora que eu quiser. No documento, organizo os trechos pelo autor e pela obra para saber onde encontrar a referência de novo se precisar e pronto. Lá está uma mini biblioteca de referências que posso consultar a qualquer momento.

Esse método não só me ajudou muito a ter ideias para escrever quando tudo parecia nebuloso, como também me levou a garimpar melhor tudo o que eu lia, e, consequentemente, a prestar mais atenção nas histórias enquanto estava lendo. Talvez esse truque não funcione para todo mundo, mas pode ser um começo para te ajudar a ler com mais atenção e a não passar correndo pelas referências sem encontrar tempo para apreciá-las. Faça uma pausa e abra um espacinho para acomodar aquilo que importa na bagagem.


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