Apresentações
- Alice Castro
- 23 de fev. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 15 de set. de 2023

Nunca fui muito boa em falar sobre mim. Quando as pessoas pediam que eu me apresentasse na primeira semana de aula ou em entrevistas de emprego, a minha cabeça parecia se esvaziar completamente, jogando todos os arquivos úteis da minha área de trabalho mental na lixeira e me deixando sozinha para encarar o plano de fundo clássico do Windows XP. Grama, céu azul, algumas nuvens. Nada mais. De repente, minha vida parecia tão vazia e desinteressante quanto aquele gramado deserto.
Agora que paro para pensar sobre isso, acho que grande parte desse branco vinha de uma vontade quase inconsciente de querer impressionar as pessoas, fazer com que elas gostassem de mim. Eu pensava demais, tentava demais e, no final, acabava fazendo um trabalho medíocre do mesmo jeito. Por sorte, desde então eu amadureci, e acho que aprendi algumas coisas úteis sobre mim, sobre a vida e sobre as pessoas. Então vamos tentar essa apresentação mais uma vez.
O meu nome é Alice e eu tenho 25 anos, apesar de constantemente ter a sensação de que ainda estou congelada nos 18, porque não me sinto tão adulta e não sou nada independente. Sou de Brasília, mas quero deixar bem claro que: não, ninguém na minha família trabalha com política. Meu pai é servidor público e minha mãe é professora. Minha irmã caçula está fazendo o curso de arquitetura. Eu decidi seguir um caminho diferente. Me formei em publicidade em 2019 e trabalhei como redatora publicitária por algum tempo, mas acabei me decepcionando com a área e decidindo que precisava de um plano B. Vou escrever mais sobre essa experiência uma outra hora. Por enquanto, só vou dizer que, depois da minha crise de meia-meia idade, estou tentando entrar na faculdade de Letras. Atualizações sobre isso nos próximos capítulos.
Meu signo é Leão, mas eu não me identifico muito com os traços mais característicos dos leoninos. Não sou vaidosa e não gosto nem um pouco de ser o centro das atenções. Eu sou tímida com estranhos, mas falo até demais com os conhecidos. Sou desconfiada e tenho a fama de gostar ou desgostar das pessoas de cara, sem dar segundas chances. Sou ansiosa e quero tudo pronto pra ontem, anteontem, se possível. Minha casa de Hogwarts é a Lufa-Lufa, com muito orgulho, e meu patrono é um porco-espinho.
Gosto de cachorros (tenho dois), de dias chuvosos e de cantar no chuveiro. Consigo arranhar o ukulele e disfarçar no piano. Já tentei aprender a tocar violão, mas desisti cedo, quando travei nas malditas pestanas. Sofro para fazer exercícios físicos e sou um pouco viciada em refrigerante. Sou ligeiramente hipocondríaca, bastante dramática e não posso ver sangue. Também passo sufoco pra engolir comprimidos e não tenho sorte em jogos de azar. Tenho um talento para a autossabotagem e poderia ser mais positiva, estou trabalhando nisso.
Bebo menos água do que o recomendado e detesto acordar cedo. Não abandono séries ou livros no meio do caminho, por piores que sejam. Prefiro frio do que calor e não recomendo que ninguém chegue perto de mim quando estou com sono ou fome. Minha pressão baixa quando fico algumas horas sem comer e eu sou profissional em desmaiar em público. Adoro conhecer novos lugares, mas odeio a parte da viagem em si, porque eu fico enjoada em todos os meios de transporte existentes. Talvez eu tenha labirintite.
Compro e leio livros compulsivamente, mesmo sabendo que não tenho mais espaço para eles na minha estante, nem dinheiro sobrando na minha conta. Todas essas leituras colocaram na minha cabeça a ideia de que eu podia escrever também e acabei descobrindo bem cedo, lá pelos 8 anos, que eu gostava muito de fazer isso. Não parei desde então e isso me trouxe até aqui.
Por muito tempo achei que a escrita seria só um hobby na minha vida, algo que eu faria no tempo livre por diversão, mas tenho muita vontade de poder trabalhar como escritora algum dia. Por enquanto, tudo o que eu tenho é um e-book na Amazon — PAUSA PARA A PUBLI: ele se chama Histórias de Isolamento, se alguém quiser conferir — e alguns textos soltos, mas estou investindo cada vez mais no meu sonho e a criação da Bibliosfera é um dos resultados disso.
Acabei me empolgando e escrevi até demais. Vamos parar por aqui. Espero ter feito um trabalho decente me apresentando dessa vez. Se você teve a paciência de ler até o final, obrigada pela atenção. Muito em breve essa página vai ter mais conteúdo, então, se por algum motivo você quiser espiar alguns dos meus textos ou descobrir mais coisas aleatórias sobre a minha vida, é só seguir o perfil. Até a próxima!
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